Apesar do pouco reconhecimento, pessoas negras inovadoras estão presentes na história dos videogames desde seu início!
Pessoas negras ainda estão sub-representadas na indústria dos videogames. Em 2020, a IGDA (Independent Game Developers Association) registrou que apenas 2% dos desenvolvedores de jogos nos EUA são negros.
No Reino Unido, apenas 10% dos desenvolvedores são negros,
asiáticos ou de outras minorias.
No entanto, pessoas negras inovadoras estão presentes na história dos videogames desde o seu início, apesar do pouco reconhecimento por suas realizações. Conheça alguns dos pioneiros negros dos videogames!
Nos anos 1970, já no início da história da indústria estava Jerry Lawson, engenheiro que projetou um dos primeiros consoles (chamado Channel F) e liderou a equipe que inventou o cartucho de videogame, uma inovação que determinou como os jogos seriam comercializados.
Antes disso, os videogames possuíam apenas os jogos de seu próprio sistema interno.
A invenção de Jerry revolucionou esse universo. Também é creditada a ele do comando que permitiu com que os jogos fossem pausados. Em seu trabalho na Fairchild Semiconductor, criou um jogo de fliperama chamado Demolition Derby e, a partir daí, se tornou engenheiro-chefe de uma nova divisão de jogos na empresa.
Ed Smith
ajudou a desenvolver um console híbrido e um sistema de computador doméstico chamado Imagination Machine, da empresa APF Electronics. Além da engenharia, seu trabalho incluía o desenvolvimento de diagramas esquemáticos e testes de jogos. Seu trabalho inovador foi muito influente para as gerações que vieram a seguir.
Muriel Tramis
é considerada a primeira mulher negra a trabalhar como designer de jogos. Nascida na Martinica, começou programando equipamentos militares, mas passou a trabalhar para a desenvolvedora francesa Coktel Vision, em 1985. A engenheira geriu os projetos dos jogos de aventura, combinando suas habilidades técnicas à criatividade literária.
Méwilo”, jogo da Atari de 1987, que Muriel Tramis dirigiu e escreveu, foi inspirado na história da Martinica:
“Quando criei meu primeiro roteiro, queria que fosse no estilo de um romance histórico. Me inspirei na história da ilha, porque era pouco conhecida e tinha todos os ingredientes para criar intriga, drama e mistério. A história das Antilhas faz parte da história da França, mas a região conheceu a dor da escravidão e colonização. Esta é a origem de muitos traumas que são visíveis nas sociedades miscigenadas em geral
Muriel Tramis