No Brasil, um país conhecido por sua pluralidade cultural a intolerância religiosa segue sendo uma chaga silenciosa, mas presente, em diversas esferas do país.
A crescente cultura do ódio, alimentada por estereótipos e preconceitos, e encorajada pela impunidade atinge principalmente as religiões de matrizes africana, como o Candomblé e Umbanda. Essas religiões, enfrentam não apenas a discriminação, mas também a violência e o silenciamento de suas práticas sagradas.
Em um país onde a intolerância religiosa persiste, o curta documental “AIBIKITA“, de Mauro Luz e Julian Ed, surge como resistência. Com apenas quatro minutos, a obra também homenageia o Dia Nacional das Tradições das Raízes de Matrizes Africanas e Nações do Candomblé (21 de março). Com apenas quatro minutos, a obra retrata assuntos sobre a intolerância religiosa e amplifica as vozes de vítimas da discriminação, destacando as religiões de matriz africana como patrimônio cultural.
O filme traz imagens e relatos impactantes como do Sacerdote Pai Jonas de Odé, Mauro, Crezo, Mãe Beth e Ogan Báru, contextualizando o problema.
“AIBIKITA” celebra a resistência da cultura afro-brasileira com representações de orixás, rituais e elementos naturais, exaltando a beleza dessa herança ancestral.
“O filme é um convite à reflexão e à construção de uma sociedade mais justa”, afirma Mauro Luz.
Entre 2024 e 2025, o Brasil registrou um aumento significativo nos casos de intolerância religiosa, especialmente direcionados às religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda. De acordo com dados do Disque 100 do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, em 2024, foram registradas 2.472 denúncias de intolerância religiosa, um aumento de quase 67% em relação a 2023, quando houve 1.480 registros de denúncia.
Em um cenário onde a intolerância se fortalece, é essencial dar visibilidade a vozes que, em meio à perseguição, mantêm a fé e resistem.
Confira o curta completo no vídeo abaixo.
Idealizado e roteirizado: @mluzjunior
Direção: @mluzjunior e @julian__ed
Direção de Fotografia: Julian Ed.
Texto e locução: @zilladxg
Produção Musical e Sound Design: @p_ramos
Samples: Grupo Ofá & Orquestra Afro-Brasileira
Figurino: Fernando de Jesus
Lettering: @laisberbigier
Filmado no llê Afro Brasileiro Asé Omi Layó
Estrelando:
Murilo Rodrigues
José Santos “Chocolate”
Jhully Emylly Pereira
Fernando de Jesus
Pai Sérgio de Oxum
Mãe Beth
Ogan Baru
Jonas
Crezo
Mauro