Racismo vs Futebol: Até Quando?

Nos últimos anos o futebol mundial ficou manchado pelos episódios marcantes que escancararam o racismo e a impunidade no esporte.

O racismo no futebol não é um fenômeno recente, e sua presença nos dias de hoje tem se tornado cada vez mais evidente somado à exposição dos casos e à amplificação proporcionada pelas redes sociais.

Agora em 2025 a história se repete. Durante o jogo pela Libertadores sub20 no Paraguai o jovem atleta da categoria de base do Palmeiras, Luighi de 18 anos, denunciou insultos racistas e violência contra ele mesmo, vindos da torcida do Cerro Porteño equipe do Paraguai. Luighi e outros atletas do Palmeiras foram insultados pelos torcedores paraguaios durante o jogo que chegou a ser paralizado. Após a partida, o atleta ao ser entrevistado não conseguiu conter indignado o e caiu no choro, questionando a postura da imprensa diante dos atos racistas e exigindo posicionamento da Confederação Sul-Americana de Futebol, mais (CONMEBOL ) e meio esportivo. Reforçando que atletas da categoria de base estão em fase de formação e aprendizagem.


A CONMEBOL. Publicou em seu perfil no “X” uma nota de repudio.

Diante de situações iguais a essas alguns países têm se esforçado e encontrado algumas soluções para erradicar a violência e o racismo nos estádios de futebol, arquibancadas e redes sociais.

Mostrando que ações coletivas podem gerar avanços concretos sobre esse assunto.

Os episódios recentes mostram que o racismo no futebol segue um desafio global, mas as respostas a ele variam significativamente entre os países. A Premier League – principal liga da Inglaterra, é federação, avançou no combate ao ódio digital em colaboração com instituições ligadas ao esporte como a Kick It Out colaboraram com o monitoramento e denúncia dos casos, enquanto a La Liga – federação do futebol espanhol, ainda luta contra a impunidade nos estádios enfrentando diversos casos, especialmente envolvendo o brasileiro Vinícius Júnior, atacante do Real Madrid, Negro retinto se tornou um dos maiores alvos de insultos racistas na Espanha, além também do lateral-esquerdo Alejando Balde, do Barcelona, que denunciou recentemente repetidos insultos racistas da torcida adversária durante um jogo em janeiro de 2025. A França demonstrou que jogadores também devem ser responsabilizados, independentemente de sua popularidade ou prestígio, após a vitória da Argentina na Copa América, o jogador Enzo Fernández foi flagrado cantando uma música racista contra a jogadores negros da seleção francesa, durante uma transmissão ao vivo.

A FIFA chegou a lançar uma campanha global contra o racismo no futebol, tendo Vinícius Jr como um dos rostos da ação. E mesmo assim, o problema persiste, e a falta de punições exemplares mantém a sensação de descaso e impunidade.

Para que o futebol seja, de fato, um espaço de inclusão e respeito, é necessário um esforço coletivo. Campanhas educativas são importantes, mas só terão efeito real se acompanhadas de punições severas e ações institucionais concretas. A mudança exige compromisso e coragem.