Artistas como Burna Boy, WizKid, Tiwa Savage, Yemi Alade e vários outros têm garantido aos africanos um destaque que nunca tiveram antes, na cultura Pop.
Afrobeats não é um gênero, mas um termo usado para englobar vários gêneros musicais modernos da África e da diáspora. Alguns também chamam de Afropop ou Afrofusion.
Hiplife, Jùjú music, Naija Beats e outros gêneros são enquadrados em Afrobeats como uma forma de facilitar a compreensão dessas diversas musicalidades africanas pelo mundo. Obviamente, um único rótulo também ajuda na popularização e comercialização.
Uma das razões dessa explosão foi a chegada de imigrantes africanos à Inglaterra nas últimas décadas. Praticamente todos os astros negros da música inglesa são filhos de imigrantes ou imigrantes da Jamaica e vários países da África, assim como todos os artistas do underground.
As cenas formadas por esses jovens criaram uma conexão artística, facilitaram a importação e a popularização desses gêneros africanos modernos para o resto do mundo, dada a força das cenas inglesas na indústria musical.
Em seu livro “The Black Atlantic”, Paul Gilroy debate sobre um tipo de cultura que não é especificamente americana, caribenha, britânica ou mesmo africana, mas “Black Atlantic” – que transcende as etnias e nacionalidades para produzir algo completamente novo.
Nessa troca intensa de influências, onde o hiplife, naija beats etc se mistura ao dancehall, grime e outros gêneros afrodiaspóricos, cada gênero não deixa de ter suas peculiaridades nacionais ou regionais, mas se cria um fenômeno que transcende e une tudo isso: o Afrobeats.
importante: não confundir Afrobeats (com o S no final) com o Afrobeat (sem o S). Esse último é um gênero musical bem definido, criado pelo nigeriano Fela Kuti no anos 1970.
